De carta branca à demissão: bastidores da queda relâmpago de António Oliveira no Sport
- Eri Santos
- 5 de jun.
- 2 min de leitura

Com informações do ge
Na manhã da última terça-feira, às 10h13, o executivo de futebol do Sport, Thiago Gasparino, sentou-se na sala de imprensa da Ilha do Retiro com uma mensagem clara: António Oliveira estava mantido no cargo. Segundo ele, o treinador português mostrava evolução nos treinos e teria a pausa do Brasileirão para fazer os ajustes necessários no elenco.
Horas depois, tudo mudou.
Na noite do mesmo dia, a diretoria do Sport deu início às conversas para a demissão de António. Um movimento que pegou até o próprio estafe do técnico de surpresa, já que, até ali, o treinador estava participando ativamente do planejamento da intertemporada e de reuniões sobre reforços.
A decisão, no entanto, não foi motivada por um motim no elenco — embora o relacionamento com o treinador não fosse dos melhores. Conforme apurado, havia certo distanciamento entre o grupo e o português, apontado como de difícil trato por parte de jogadores e funcionários. Ainda assim, não houve protesto coletivo ou pedido de saída. O problema era outro.
Durante a tarde, já com o clube em recesso até o dia 13 de junho por conta da pausa no calendário nacional, começaram os desentendimentos. Em videoconferência, técnico e direção divergiram em pontos considerados cruciais: o modelo da intertemporada, o estilo de jogo a ser adotado e a real necessidade de contratações para o elenco.

Essas divergências acabaram sendo a gota d’água.
Na manhã de quarta-feira, menos de 24 horas após a declaração pública de apoio, a diretoria do Sport decidiu encerrar o trabalho de António Oliveira, que sai sem vitórias em quatro jogos – com um empate e três derrotas. O Sport amarga a lanterna do Brasileirão e já registra a pior largada de sua história nos pontos corridos.
Agora, o clube vai em busca de seu terceiro treinador na temporada, tentando encontrar, enfim, um rumo em meio ao caos que se instalou na Ilha do Retiro.
Comentários