Central garante vaga na Série D de 2026 com nova regra da CBF que amplia torneio para 96 clubes
- Eri Santos
- 1 de out.
- 2 min de leitura
Reformulação assegura calendário nacional aos times que chegarem ao mata-mata; Patativa se beneficia após campanha em 2025

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou que a Série D do Campeonato Brasileiro terá uma reformulação a partir de 2026. A competição passará de 64 para 96 clubes, ampliando em 50% o número de participantes. A principal novidade é a garantia de calendário para a temporada seguinte às equipes que avançarem ao mata-mata, ainda que não conquistem o acesso à Série C.
Com isso, o Central de Caruaru está confirmado na próxima edição. A Patativa chegou às oitavas de final em 2025 e, mesmo sem o acesso, assegurou presença no campeonato do ano que vem graças ao novo regulamento.
Central briga no TJD/PE
Apesar de ter avançado até as oitavas de final da Série D deste ano, o Central corria o risco de ficar sem calendário nacional em 2026, já que teve desempenho ruim no Campeonato Pernambucano e acabou rebaixado ao terminar em 8º lugar entre 10 participantes.
O clube tenta reverter a queda no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), alegando irregularidade na ampliação do número de rebaixados no Estadual de 2025.
Critérios de participação
O regulamento da Série D será composto por três frentes: quatro vagas destinadas aos rebaixados da Série C, 28 aos times que alcançarem o mata-mata da edição anterior e 64 distribuídas pelas federações estaduais, com base no Ranking Nacional de Federações. Se uma equipe conquistar a vaga por dois critérios diferentes, a segunda será repassada à federação local.
De 2022 a 2025, a configuração contou com 64 clubes, sendo quatro vindos da Série C e 60 indicados pelas federações. A mudança representa um reforço para os estados, principalmente os de menor ranking, que antes tinham direito a apenas uma vaga.
Apoio dos clubes
A ampliação começou a ser discutida em julho de 2025, em reunião no Rio de Janeiro, quando também se cogitou a criação da Série E. Em agosto, o presidente da CBF, Samir Xaud, descartou a ideia de uma nova divisão, priorizando o fortalecimento da Série D.
Clubes como Central de Caruaru, Santa Cruz, Sampaio Corrêa e Portuguesa publicaram notas oficiais agradecendo à CBF antes mesmo da confirmação da mudança. O Central destacou o reconhecimento da competição nacional como essencial para manter calendário, já que havia terminado o Estadual rebaixado e, até então, ficaria sem calendário em 2026.
Novo formato de disputa
Com a ampliação, a Série D terá 16 grupos de seis clubes cada, com dez rodadas na primeira fase. Os quatro melhores de cada grupo avançam, resultando em 64 equipes nos “32 avos de final”. O acesso será para 6 clubes: os semifinalistas e dois times que perderem nas quartas de final, em um novo mata-mata.
A competição terá entre 18 e 22 partidas para quem buscar o acesso. O Santa Cruz, por exemplo, precisou disputar 20 jogos em 2025 para subir à Série C. Já o Central se mantém como recordista de participações, chegando a 13 presenças em 18 edições.
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