À exceção especialmente do Sport, demais clubes sofrem com estrutura e baixo investimento para fomentar a modalidade no estado; naming right da competição foi "contrapeso" para o masculino
O anúncio do Brasil como país-sede da Copa do Mundo Feminina 2027 e de Pernambuco como o estado do Nordeste a receber a maior quantidade de jogos do torneio, por ora, não teve qualquer efeito prático no fomento à modalidade no estado.
Programado para começar no próximo domingo (1º), em disputa mais uma vez restrita a seis clubes, o Campeonato Pernambucano Feminino mantém, na maioria, perfis de equipes semiamadoras e montadas às pressas - inclusive, com o Íbis buscando receita através da venda de uma rifa.
Também não há premiação financeira participar da competição.
Um contrassenso ao estado que há pouco celebrou poder abrigar sete partidas de um inédito Mundial. Serão cinco partidas na primeira fase, uma nas oitavas e outra nas quartas de final. São, por exemplo, dois jogos a mais do que a Arena de Pernambuco recebeu no Mundial 2014, disputado pelos homens.
Quando confirmado como um dos estados a sediar o torneio, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, afirmou que êxito em trazer o torneio para o estado se tratava de um marco e, mais do que isso, "uma grande oportunidade para promover o futebol feminino no Brasil".
O Mundial, segundo ele, em declaração aos canais da FPF, seria capaz de deixar "um legado importante para o esporte". Três meses após se tornar oficialmente sede da Copa, na prática, nada mudou para o contexto do futebol feminino pernambucano.
Enquanto pouco - ou nada - do efeito de um Mundial chegou a Pernambuco, disputarão o Estadual 2024 o atual bicampeão Sport (que conquistou nesta temporada o acesso à Série A1 do Brasileirão), Náutico, Porto, Jaguar, Ipojuca e Íbis.
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