Choque coral: Thiago Galhardo pede rescisão e cobra mais de R$ 3 milhões do Santa Cruz

Centroavante alega atrasos salariais, cobra mais de R$ 3 milhões e não se reapresenta com o elenco; diretoria tentará reverter saída do camisa 9.

Thiago Galhardo Santa Cruz Sergipe Série D — Foto: Marlon Costa/AGIF

O Santa Cruz começou a pré-temporada com um baque inesperado. Thiago Galhardo, principal referência ofensiva do clube em 2025, não se reapresentou nesta terça-feira e entrou com um pedido de rescisão indireta junto à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD).

O centroavante alegou atraso de salário como justificativa para antecipar o fim de seu contrato, que vai até dezembro de 2026. Na ação trabalhista, Galhardo cobra os 12 meses restantes de vencimentos, incluindo salário em carteira, direitos de imagem, férias, 13º e honorários advocatícios. Com salário mensal de R$ 150 mil, o valor total da causa ultrapassa R$ 3 milhões, segundo apuração do ge.

A diretoria coral foi pega de surpresa pela movimentação e deve conversar com o jogador nos próximos dias para definir o futuro do camisa 9. Ele foi o único remanescente do elenco do acesso à Série C que não se reapresentou no Arruda.

O estafe de Galhardo não se pronunciou até o momento, e a reportagem segue buscando respostas da CNRD.

De recepção calorosa à ruptura inesperada

Galhardo chegou ao Santa Cruz durante o Campeonato Pernambucano deste ano e foi recebido com festa no Aeroporto Internacional do Recife. À época, afirmou que sua contratação “parou o Brasil”, tamanha repercussão nas redes sociais.

Em entrevista ao Abre Aspas, do ge, o atacante se emocionou ao relatar o carinho pelo Tricolor. “Estava em casa”, disse, declarando identificação imediata com o clube e com a torcida.

Desempenho em campo

Com promessa de média de um gol a cada dois jogos quando estivesse plenamente condicionado, Galhardo encerrou a temporada com papel importante no acesso à Série C. Foram 24 jogos e sete gols, além de forte liderança no vestiário coral.

Agora, a relação, antes de afeto e protagonismo, vive seu momento mais tenso — e o desfecho dependerá das negociações entre jogador, clube e CNRD.