Náutico obtém prorrogação da recuperação judicial por mais 180 dias

Novo prazo para o clube iniciou na última sexta-feira (4)

O Náutico obteve uma nova prorrogação da recuperação judicial por mais 180 dias corridos. A decisão foi do juiz Nehemias de Moura Tenório e tem validade desde a última sexta-feira (4).

Portanto, seguem suspensas as ações e execuções contra o clube. O novo prazo foi dado para que o Náutico conclua a Campanha de Conciliação para realizar a assembleia com os credores.

O juiz aceitou o argumento de que o Náutico já tem feito as negociações com os credores trabalhistas, principalmente os de valores menores.

Os pagamentos foram feitos até agora com o dinheiro da rescisão com o Grupo Mateus. O Alvirrubro recebeu R$ 3 milhões pela desistência do arrendamento do CT Wilson Campos.

Outro valor que o Náutico aguarda é o da quebra de contrato com a Arena de Pernambuco. O Timbu deve receber cerca de R$ 19 milhões. A quantia está recolhida em juízo à espera da execução da sentença para o pagamento.

O plano de pagamento do Náutico aos credores

Em junho de 2023, dentro do prazo legal, o Náutico apresentou o plano de pagamento aos credores e que já passou por ajuste durante o processo. A atual lista é dividida em três categorias: trabalhistas, quirografários e microempresas de pequeno porte. A primeira carrega os maiores débitos.

No plano de pagamento apresentado, o Alvirrubro teve como prioridade a quitação dos salários dos credores trabalhistas. A proposta do clube ainda concentra esforços em descontos em juros, multas e outras verbas indenizatórias pedidas. O Timbu argumenta que essas taxas fazem com que os débitos aumentem de forma elevada, ainda mais com a taxa atual de 13,75% da SELIC ao ano.

Na trabalhista, com 572 credores, o Náutico apresentou uma proposta para quitar os débitos de 100% das verbas salariais com limites de 150 salários mínimos em até 12 meses.

Nas classes quirografárias e microempresas e empresas de pequeno porte, o clube apresenta uma proposta que prevê um deságio de 90% sobre o valor do débito, com uma carência de 18 meses para o início do pagamento. Além disso, o plano contempla uma repactuação da forma de atualização monetária e a quitação em 120 parcelas.