A agenda do presidente do Sport, Yuri Romão, tem sido e continuará sendo intensa nos próximos dias. Desde o atentado ao ônibus do Fortaleza, após um jogo contra o Leão, o mandatário rubro-negro tem visitado uma série de autoridades pernambucanas que extrapolam o campo esportivo. O próximo passo é sair do Estado.
Nesta sexta-feira, por exemplo, Yuri Romão embarca ainda durante a madrugada rumo ao Rio de Janeiro. Lá, a primeira parada será com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, na sede da instituição.
Além de questões ligadas a direitos de transmissão, estará em pauta na reunião uma conversa sobre a violência no futebol brasileiro. Romão tem iniciado um movimento junto a presidentes de clubes, federações e autoridades para encontrar mecanismos punitivos que deem respostas e não estão ao alcance apenas do Sport, isoladamente.
Na próxima terça-feira, está na agenda do dirigente um encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em Brasília. O clube também solicitou encontros com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, e com o ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA). Uma ida ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), na mesma visita à capital nacional, está programada.
- Desde a sexta passada, tenho peregrinado junto ao poder público para tentar entender até que ponto nós, enquanto dirigentes de clubes, podemos ajudar e cobrar uma ação mais efetiva do poder público, tanto no que diz respeito à segurança de eventos, quanto das equipes que participam do jogo - afirmou o presidente do Sport.
"Temos essa agenda definida para começar, até em função dessa comoção (incidente ao ônibus do Fortaleza). Queremos aproveitar o momento para, de fato, ter uma legislação específica para o momento que vivemos. As leis que regem futebol brasileiro são ainda pautadas num futebol romântico. E é importante frisar: não é Pernambuco, mas o Brasil todo", acrescentou.
O presidente do Sport disse ao ge que segue aguardando o encontro. A reportagem procurou a assessoria do Governo do Estado para saber o motivo da reunião não ter acontecido, mas não obteve resposta.
Punido de maneira cautelar pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em razão do ataque ao ônibus do Fortaleza, ocorrido a oito quilômetros da Arena de Pernambuco, o Sport tem viabilizado mecanismos administrativos - como a exclusão de sócios com histórico de violência. Além disso, o clube afirmou afirmar que recorrerá da punição.
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