Náutico oficializa fim das negociações com Consórcio Timbu e busca novos investidores para SAF

Presidente do Náutico, Bruno Becker, anuncia fim das negociações com o Consórcio Timbu — Foto: Gabriel França/CNC

O presidente do Náutico, Bruno Becker, anunciou oficialmente, na manhã desta segunda-feira (28), o encerramento das negociações com o Consórcio Timbu, grupo que pretendia adquirir 90% das ações da futura Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube. A decisão partiu dos próprios investidores no último fim de semana, após reconhecerem que algumas das exigências feitas pelo Conselho Deliberativo não seriam atendidas.

Apesar do revés, Bruno Becker destacou que o processo trouxe aprendizados importantes para o Náutico. Entre eles, a necessidade de uma nova abordagem em relação ao patrimônio do clube em futuras negociações. Um dos principais impasses para o avanço da proposta estava na transferência de 47,48 hectares do Centro de Treinamento Wilson Campos, que passariam a ser de propriedade da SAF — ponto considerado sensível pelos conselheiros alvirrubros.

Novo caminho para a SAF

Com o fim das tratativas, o Náutico volta ao mercado à procura de novos investidores interessados na compra da SAF. Segundo o presidente, há outros grupos que já demonstraram interesse, e as conversas, antes interrompidas pela negociação com o Consórcio Timbu, devem ser retomadas.

Há ainda a possibilidade de que alguns integrantes do Consórcio Timbu apresentem uma nova proposta, com ajustes que contemplem melhor as exigências do clube. De acordo com Roberto Pimentel, membro da comissão responsável pelo processo de venda da SAF, o Náutico está hoje mais preparado para conduzir essas negociações.

“Hoje o Náutico está mais duro para dizer ao mercado o que é que ele quer. Isso muda a percepção do mercado, a forma como a proposta virá e talvez até o grau de assertividade com que essa proposta venha, casando com o interesse do clube e facilitando o processo de aprovação”, destacou Pimentel.

O processo de transformação do Náutico em SAF continua sendo tratado como inevitável dentro dos Aflitos, e o clube trabalha para encontrar o modelo mais sustentável e seguro para garantir seu futuro esportivo e financeiro.