Clubes do Recife oficializam rompimento com torcidas organizadas e assumem novas medidas de segurança

Foto: Ministério Público de Pernambuco/Divulgação

Dez dias após os episódios de violência envolvendo as principais torcidas organizadas de Sport e Santa Cruz, os três grandes clubes do Recife—Sport, Santa Cruz e Náutico—firmaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Pernambuco.

O documento, assinado também pelo presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, estabelece a ruptura definitiva entre os clubes e suas respectivas uniformizadas.

Entre as 16 medidas previstas no acordo, os clubes se comprometem a não fornecer qualquer tipo de apoio financeiro, logístico ou patrocínio às organizadas Jovem do Leão (antiga Torcida Jovem), Explosão Coral (antiga Inferno Coral) e Náutico até Morrer (antiga Fanáutico).

Além disso, fica proibida a reserva de espaços exclusivos para essas torcidas nos estádios, assim como a manutenção de seus membros no quadro de sócios. Torcedores identificados pelas autoridades como integrantes dessas uniformizadas perderão acesso às dependências dos clubes, assim como qualquer pessoa trajando vestimentas ou acessórios alusivos a essas torcidas.

O TAC também exige que os clubes implementem catracas com identificação facial em todas as entradas dos estádios até o dia 14 de junho, além da instalação de câmeras de videomonitoramento nos acessos às arenas.

O descumprimento de qualquer uma das 16 medidas acordadas resultará em multa de R$ 50 mil por infração. As determinações serão reavaliadas em seis meses pelos clubes e pelos órgãos de segurança e do Ministério Público.

A reunião no Ministério Público contou com a presença do presidente do Sport, Yuri Romão, do Náutico, Bruno Becker, e do vice-presidente do Santa Cruz, Marco Benevides.